
“A minha sala de aula se tornou uma prisão. As condenadas somos nós, mulheres. Alta, baixa, magra, gorda, o machismo não escolhe biotipo. Meu professor, que deveria nos incentivar a progredir na academia, nos constrange com comentários assediadores e machistas.
Nós continuamos presas e sem voz, pois dependemos dele para passar. Temos nossas privacidades invadidas e somos coagidas com seus assédios descarados, dentro e fora da sala de aula. Gostaria que, algum dia, as denúncias contra esses professores fossem eficientes. E que nós não fossemos reprovadas por denunciá-los.
Continuo estudando na mesma universidade, sentindo medo da reprovação e, mais ainda, medo dos contínuos assédios de quem está ali para ensinar.”
Relato anônimo originalmente publicado na página Ariadnes em outubro de 2019.
